A DOUTRINA DA SANTÍSSIMA TRINDADE
INTRODUÇÃO
Embora a doutrina da santíssima Trindade seja
irrefutavelmente bíblica, desde antigamente, sempre houve quem negasse. Hoje em
dia entre muitos heréticos que negam a Trindade Divina, acham-se as modernas
testemunhas de Jeová e os Mórmons. Suas literaturas são perniciosas saturadas
de erros bíblicos. Embora a palavra trindade não esteja na bíblia, mas a sua
verdade está presente em todas as paginas da mesma. A primeira pessoa a
empregar o termo “trindade” foi Tertuliano em 160-220 d.C. . Ele, inclusive,
foi o primeiro a fazer uso das palavras “pessoas” e “substância” para tentar
definir a pluralidade de nosso Deus. Depois dele, Orígenes em 185-245 d.C.
continuou o desenvolvimento da doutrina, ainda que equivocadamente, ao sugerir
uma “infundada subordinação do filho ao Pai”, enfatizando, na relação entre as
pessoas da Trindade, uma hierarquia de essência. Esta teologia abriu caminho
para o futuro arianismo. Ário em 250-336 d.C. negava a divindade absoluta do
filho alegando que ele havia sido criado antes do tempo, sendo, assim, maior do
que os homens mas menor do que deus. Pouco mais tarde, o citado concílio de Constantinopla
em 381 d.C., que reafirmou as decisões de Niceia e condenou o arianismo como
heresia, fundamentou a doutrina da Trindade de uma maneira que ampararia todas
as formulações posteriores. A doutrina da Trindade é uma das doutrinas mais
importante de todas as escrituras porque ela é a chave para a interpretação das
demais doutrinas sagradas. Portanto quem erra na doutrina da Trindade, com
certeza errará nas demais doutrinas. Quero poder com este presente estudo
fornecer um conhecimento confiável e saudável de uma das principais doutrinas
do cristianismo. Quero poder trazer uma pequena compreensão do Deus
incompreensível. Um pequeno conhecimento de uma revelação ainda não entendida,
mas crida e aceita pelos cristãos ortodoxos. (Aldinei Leite).
A NOSSA FONTE DE REGRA E PRÁTICA
A Bíblia é a única fonte para se
discernir entre a ortodoxia bíblica e a heresia. Ela é a Palavra de DEUS
inspirada; o único padrão que distingue o certo do errado. O movimento
religioso que a rejeita, e tem aversão pelos credos formulados pela Igreja
Cristã nos primeiros séculos, é seita; e, como tal, é inimigo do Cristianismo
bíblico e histórico. A Trindade
não ensina o Triteísmo, mas a existência das três santíssimas Pessoas da
divindade num único Ser. A Trindade são três pessoas que procedem de uma mesma
substância, e não três manifestações diferentes de DEUS. As três pessoas são
absolutamente distintas, porém iguais em substância, pois procedem da mesma essência.
Não cremos em três deuses. Isto é Triteísmo. Não cremos em mais de um Deus. Isto
é politeísmo. Cremos em um Deus. Isto é monoteísmo. Este Deus em quem cremos existe
essencialmente UNO e manifestamente TRINO.
A DOUTRINA DA TRINDADE
As Escrituras ensinam que Deus é
um, e que além dele não existe outro Deus. Poderia surgir a pergunta: Como
podia Deus ter comunhão com alguém antes que existissem as criaturas finitas? A
resposta é que a unidade divina é unidade composta, e que nesta unidade há
realmente três pessoas distintas, cada uma das quais é a divindade, e que, no
entanto, cada uma está sumamente consciente das outras duas. Assim é que vemos
que havia comunhão antes que fossem criadas quais quer criaturas finitas.
Portanto, Deus nunca esteve só. Não é o caso de haver três Deuses, todos três
independentes são de existência própria. Os três cooperam unidos em um mesmo
propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra, são “um”. O Pai cria, o
Filho redime, e o Espírito Santo santifica; e, no entanto, em cada uma dessas
operações divinas, as três pessoas participam. A Trindade é uma comunhão
harmoniosa dentro da deidade. Essa comunhão é amorosa, porque DEUS é amor. Mas
esse amor é expansivo, e não autocentralizado. Ele requeria que, antes da
criação, houvesse mais de uma Pessoa dentro do Divino Ser. A trindade não é três
deuses em Um pessoa, mas Um só Deus em três pessoas. Não são três pessoas em uma só
pessoa, mas um só Deus em três pessoas distintas. A essência de Deus é única,
mas em três substancias iguais. O Pai, Filho e Espirito Santo são três
substancias que compõe a essência única do Deus Verdadeiro.
A TRINDADE É UM MISTÉRIO REVELADO
A doutrina da Trindade é claramente uma doutrina revelada, e
não uma doutrina concebida pela razão humana. De que maneira aprenderíamos
acerca da natureza íntima da Divindade a não ser pela revelação? (1Co 2.16). É
verdade que a palavra “Trindade” não aparece no Novo Testamento, é uma
expressão teológica, que surgiu no segundo século para descrever a Divindade.
Mas o planeta Júpiter existiu antes de receber ele este nome, e a doutrina da Trindade
encontrava-se na Bíblia antes que fosse tecnicamente chamada “Trindade”. A
doutrina da Trindade não é uma doutrina criada como ensinam os unicistas, é uma
doutrina revelada.
A TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO
Em Génesis 1.1, onde o nome hebraico para DEUS, Elohim, é
plural, já mostra que essa unidade de DEUS é composta: "Façamos o homem à
nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn l.26). "Eis que o homem é
como um de nós, sabendo o bem e o mal" (Gn 3.22). "Desçamos e
confundamos ali a sua língua..." (Gn 11.7). A linguagem do Antigo
Testamento alude a Triunidade divina. “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o
único SENHOR” (Dt 6.4). O monoteísmo exclusivista tem por base fundamental o texto
constante de Dt 6.4, que em hebraico diz: “ximah Israel lhuh Eloheinu lhuh
Echadi”, que traduzido fielmente significa: “escuta Israel: o eterno é nosso
Deus, o eterno é um”. Diz Deuteronômio que Javé é o único. O termo “único” no
original hebraico é “Echad” e está no construto. Se essa unidade fosse absoluta,
como querem alguns, a palavra correta aqui seria “Yachid” a mesma usada em Gn
22.2: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque...” para a unidade
absoluta. Acontece que “Echad” é uma unidade composta, é a Triunidade de Deus.
Como pode marido e mulher ser “uma só carne?” (Gn 2.24). A palavra “uma”, nessa
passagem, é “Echad” a mesma de Deuteronômio 6.4. A Bíblia define o adjetivo
“Echad” um, como um adjetivo que admite composição, a saber: admite em seu
sentido uma associação de dois ou de muitos outros, sem lhe alterar o sentido.
Vejamos algumas referências que o comprovam: “por isso deixa o homem pai e mãe,
e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24). Neste texto,
o adjetivo “Echad” admite a associação de dois em um só. “Todos os Filhos de
Israel, e a congregação se ajuntou... como se fora um só homem” (1Sm 11.7).
“... ajuntou-se o povo, como um só homem em Jerusalém” (Ed 3.1). “Porque os
sacerdotes e levitas se tinham purificado como se fossem um só homem” (Ed 6.20).
“...todo povo se ajuntou como um só homem” (Nm 8.1). Em todos estes textos citados,
o adjetivo “Echad” demonstra que admite associação de dois e de muitos sem lhe
alterar o sentido. E, pasmem os monoteístas exclusivistas, é este adjetivo “Echad”
um, que é aplicado à Divindade em todo o Antigo Testamento.
A TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento, lido em língua original ou em versões
fiéis dele em línguas vivas, é por excelência um livro trinitariano, porque descreve
a Divindade triúna, do mesmo modo que o faz em relação ao ser humano (1Ts
5.23).
NOS EVANGELHOS
Ao terminar Seu ministério
terrestre, Jesus ordenou aos discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”
(Mat. 28.19). Nessa comissão, nota-se claramente a Trindade. Primeiramente,
notamos que a frase “em nome” [eis to onoma] é singular, não plural (nos
nomes). Ser batizado em nome de três pessoas da Trindade significa
identificar-se com tudo o que Ela representa; comprometer-se com o Pai, Filho e
Espírito Santo. Em segundo lugar, a união desses três nomes indica
que o Filho e o Espírito Santo são iguais ao Pai. Seria estranho, para não
dizer blasfemo, unir o nome do Deus eterno com um “ser criado” e uma “força” ou
“energia” na fórmula batismal. “Quando o Espírito Santo é colocado na mesma
expressão e no mesmo nível das outras duas pessoas, é difícil evitar a
conclusão de que Ele também é visto como sendo igual ao Pai e ao Filho”.
NA TEOLOGIA PAULINA
O apóstolo Paulo, judeu
monoteísta, treinado pelo grande erudito rabino Gamaliel hebreu de hebreus;
segundo a Lei, fariseu (Fp 3.5), deu o carimbo definitivo à teologia
trinitariana da bênção apostólica em 2Co 13.14: “A graça do Senhor Jesus
Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos”.
Paulo nunca cessou de crer na unidade de Deus como lhe fora ensinada desde a
sua mocidade (1Tm 2.5; 1Co 8.4). De fato, Paulo insistia que não ensinava outra
coisa senão aquilo que se encontrava na lei e nos profetas. Seu Deus era o Deus
de Abraão, de Isaque e de Jacó. No entanto, pregava a Divindade de Cristo (Fp
2.6-8; 1Tm 3.16) e a personalidade do Espírito Santo (Ef 4.30).
TODAS AS TRÊS PESSOAS DA TRINDADE
É DEUS
A Bíblia diz que só um é chamado
DEUS (Dt 4.35, 39; Is 44.6, 8; 45.5,21; 46.9); no entanto, a Bíblia também diz
que cada uma destas Pessoas é DEUS o Pai (Jo 17.3; l Co . 8.4,6; Ef 4.6); o
Filho (Jo l. l; Rm 9.5; Hb 1.8,9 comp. SI 45.6,7; l Jo 5.20) e o ESPÍRITO SANTO
(At 5.3,4; 7.51 comp. SI 78.18,19). Um só DEUS em três Pessoas e não em uma só
Pessoa.
TODAS AS TRÊS PESSOAS DA TRINDADE
É DEUS DE ISRAEL
A bíblia diz que somente um é
chamado DEUS de Israel (Dt 5.1,6,7). A Bíblia, entretanto ensina que cada
Pessoa da Trindade é DEUS de Israel o Pai (SI 72.18); o Filho (Ez 44.2; Lc
1.16,17) e o ESPÍRITO SANTO (2 Sm 23.2,3).
TODAS AS TRÊS PESSOAS DA TRINDADE
É SENHOR DEUS
A Bíblia nos ensina que somente um
é chamado SENHOR DEUS (2 Sm 7.22); no entanto, ela mesma nos ensina que cada
uma dessas três Pessoas é SENHOR DEUS o Pai (Os 13.4); o Filho (Ez 44.2) e o
ESPÍRITO SANTO (At7.51 comp. 2 Rs 17.14).
OS ATRIBUTOS DE DEUS NAS TRÊS
PESSOAS DA TRINDADE.
ONIPOTENTE.
O mesmo que Todo-poderoso. A
Bíblia afirma que somente DEUS é onipotente (Dt 3.24; SI 89. 6-8; Is 43.12,13;
Jr10.6), e ela mesma ensina também que cada uma dessas Pessoas é Onipotente o
Pai (2 Cr 20.6; Is 14.27; Ef l. 19); o Filho (Mt 28.18; Ap 1.8; 3.7) e o
ESPÍRITO SANTO (Zc 4.6; Lc 1.35).
ONIPRESENTE.
É o poder de estar em toda a parte
do universo ao mesmo tempo. Essa palavra não aparece na Bíblia, como também a
palavra Trindade. Porém, a evidência da onipresença está implícita em SI 139.7;
l Rs 8.27; Jr 23.24. É um termo teológico posterior. As Santas Escrituras
ensinam que somente DEUS é Onipresente (Jr 23.23,24); no entanto, revelam que
cada uma dessas três Pessoas é Onipresente o Pai (Am 9.2,3; Hb 4.13); o Filho (Mt 18.20;
28.20; Jo 3.13) e o ESPÍRITO SANTO (SI 139.7-10; l Co 3.16; Jo 14.17).
ONISCIENTE.
É o poder de saber todas as
coisas. É um termo teológico à parte das Escrituras. A Bíblia Sagrada afirma
que somente DEUS é onisciente (l Rs 8.39; Dn 2.20-22; Mt 24.36); no entanto,
encontramos nela que cada uma dessas Pessoas é onisciente o Pai (l Cr 28.9; Is
48.5-7 ; 42.9); o Filho (Mc 9.34,35; Jo 2.24, 25; 16.30; Lc 19.41-44; Jo 6.64;
18.4) e o Espírito SANTO (Ez 11.5; Rm 8.26,27; l Co 2.10,11; l Tm 4.1).
ONISCIENTE.
É o poder de saber todas as
coisas. É um termo teológico à parte das Escrituras. A Bíblia Sagrada afirma
que somente DEUS é onisciente (l Rs 8.39; Dn 2.20-22; Mt 24.36); no entanto,
encontramos nela que cada uma dessas Pessoas é onisciente o Pai (l Cr 28.9; Is
48.5-7 ; 42.9); o Filho (Mc 9.34,35; Jo 2.24, 25; 16.30; Lc 19.41-44; Jo 6.64;
18.4) e o Espírito SANTO (Ez 11.5; Rm 8.26,27; l Co 2.10,11; l Tm 4.1).
ETERNO.
Significa que não teve origem e
nem terá fim. Um ser à parte da criação. A Bíblia é clara em ensinar que
somente DEUS é eterno (Is 40.28; 41.4; 43.10, 13; 44.6), e com essa mesma
clareza ensina a Bíblia que cada uma das Pessoas da Trindade é Eterna o Pai (SI 90.2; 93.2); o Filho (Is 9.6; Mq 5.2
Jo l. l; 8.58; 17.5, 24; Ap 1.17,18) e ESPÍRITO SANTO (Gn 1.2;Hb9.14).
CRIADOR.
As Escrituras Sagradas afirmam que
somente DEUS é o Criador (Is 44.24; 45.5-7,18), mas ao mesmo tempo ensinam que
cada uma destas três Pessoas é o Criador o Pai (Ne 9.6; Jr 27.5; SI 146.6; At
14.15); o Filho (Jo 1.1-3; Cl 1.16-18; Hb 1.2, 10) e o ESPÍRITO SANTO (Jó
26.13; 33.4; SI 104.30).
VIDA.
A Bíblia diz que somente DEUS é a
fonte da vida (Dt 32.39); no entanto, ela também afirma que cada uma dessas
três Pessoas é a Fonte da Vida o Pai (SI 36.9; At 17.25, 28); o Filho (Jo 1.4;
11.25) e o ESPÍRITO SANTO (Rm 8.2; Jó 33.4).
A DOUTRINA ILUSTRADA
1) A água é uma, mas esta também é
conhecida sob três formas ÁGUA, GELO e VAPOR.
2) Há uma eletricidade, mas no
bonde funciona sob a forma de MOVIMENTO, LUZ e CALOR.
3) O sol é um, mas se manifesta
como LUZ, CALOR e FOGO.
4) Quando São Patrício
evangelizava os irlandeses, explicou a doutrina da Trindade usando o TREVO como
ilustração.
5) É de conhecimento geral que
todo raio de luz realmente se compõe de três raios: primeiro, o ACTÍNIO, que é
invisível; segundo, o LUMINOSO, que é visível; terceiro, o CALORÍFICO, que produz
calor, o qual se sente mas não se vê. Onde há estes três, ali há luz; onde há
luz, temos estes três. João, o apóstolo, disse; “Deus é luz”. Deus o Pai é
invisível; ele se tornou visível em seu Filho e opera no mundo por meio do
Espírito, que é invisível, no entanto, é eficaz.
6) Três VELAS num quarto darão uma
só LUZ.
7) O TRIÂNGULO tem TRÊS LADOS e TRÊS
ÂNGULOS: tirai-lhe um lado e não é mais triângulo. Onde há três triângulos há
um triângulo.
A PERSONALIDADE HUMANA
1) “Deus disse: façamos o homem à
nossa imagem, conforme à nossa semelhança.” O homem é um, e no entanto,
tripartido, constituído de espírito, alma e corpo.
2) O conhecimento humano assinala
divisões de personalidade. Não temos sido cônscios, às vezes, de arrazoarmos
com nós mesmos e de estarmos ouvindo a conversação? Ei, falo comigo mesmo, e me
escuto falando comigo mesmo!
EM RELAÇÃO A TRINDADE
1). Deus é amor. Era eternamente
amante. Mas o amor requer um objeto a ser amado; e, sendo eterno, deve ter tido
um objeto de amor eterno, a saber, seu Filho. O amante eterno e o amado eterno!
O vínculo eterno e o caudal desse amor é o Espírito Santo. Nosso governo é um,
mas é constituído de três poderes: legislativo, judiciário e executivo.
A
DEIDADE DAS TRÊS PESSOAS DA TRINDADE
Deus Pai
OS NOMES DE DEUS
Deus revela-se a si mesmo fazendo-se
conhecer ou proclamando o seu nome (Ex 6.3;33.19;34.5,6). Adorar a Deus é invocar
o seu nome (Gn12.8); temê-lo, (Dt 28.58); louvá-lo, (2Sm22.50); glorificá-lo, (Sl
86.9).
a) ELOHIM Traduzido “DEUS”. A forma
plural significa a plenitude de poder e representa a trindade.
b) JEOVÁ (Traduzido “Senhor” na
versão Almeida) O nome JEOVÁ tem sua origem no verbo ser e inclui os três tempos
desse verbo, passado, presente e futuro. O nome, portanto significa: Ele que era, que é e que há de ser, em outras
palavras “O Eterno” A os que jazem em leitos de doença manifesta-lhes como
JEOVÁ RAFA, “O Senhor que cura”(Ex15.26). Os oprimidos pelo inimigo invocam a JEOVÁ-NISSI,
“O Senhor nossa bandeira”(Ex17.8-15). Os carregados de cuidados, aprendem que ele
é JEOVÁ SHALOM “O Senhor nossa paz”(Jz6.24). Os peregrinos na terra sentem a necessidade
de JEOVÁ-RAAH, “O Senhor meu pastor”(Sl 23.1). Aqueles que se sentem soba condenação
e necessitados da justificação, esperançosamente invocam A Jeová-TSIDKENU,“O Senhor
nossa justiça” (Jr23.6.) Aqueles que se sentem desamparados aprendem que ele é o
JEOVÁ JREH,“O Senhor que provê” (Gn22.14). “E “quando o reino de Deus se houver
concretizado sobre a terra, será ele conhecido como JEOVÁ-SHAMMAH,” O Senhor
está ali” (Ez48.35)
c) EL (Traduzido “Deus”)É usado em
certas combinações: EL-ELYON, (Gn14.18-20),o Deus Altíssimo. EL-SHADDAI, o Deus
que é suficiente para as necessidades do seu povo, (Ex 6.3).EL-OLAM, o Eterno Deus,(Gn21.33).
d) ADONAI (Significa literalmente Senhor
ou Mestre e dá a ideia de governo e domínio, (Ex 23.17;Is10.16,33). A deidade
da primeira pessoa, o Pai, pouco se questiona. No entanto, como fundamentação
bíblica para a divindade do Pai citamos as referências em 1 Coríntios 8.4,6 e 1
Timóteo 2.5,6, e ainda podemos notar os casos em que Jesus refere-se ao Pai
como Deus. Em Mateus 6.26, por exemplo, ele indica que "vosso Pai celeste
as sustenta [as aves do céu]". Numa afirmação paralela que vem logo
depois, ele indica que "Deus veste a erva do campo" (v. 30). É óbvio que,
para Jesus, "Deus" e "vosso Pai celeste" são expressões equivalentes.
E em numerosas referências a Deus, é evidente que Jesus tem em mente o Pai (Mt
19.23-26; 27.46; Mc 12.17, 24-27). O Pai é o arquiteto do universo, o Pai é quem
dar o Filho (Is 9.6), é quem envia o Filho para salvar o Mundo (Jo 3.16).
O DEUS FILHO
A expressão Filho de DEUS revela a
deidade absoluta (Jo 5.17). JESUS declarou-se Filho de DEUS. No versículo
seguinte o evangelista declara que isso é o mesmo que ser igual a DEUS.
"Por isso os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só
quebrantava o sábado, mas também dizia que DEUS era seu próprio Pai, fazendo-se
igual a DEUS" (Jo 5.18).
Algo semelhante encontrou em João 10.30-36. JESUS disse ser um com o Pai:
"Eu e o Pai somos um" (v. 30). No versículo 33 os judeus disseram:
"Não te apedrejamos por obra boa alguma, mas pela blasfémia, porque sendo
tu homem, te fazes DEUS a ti mesmo", e no versículo 36, JESUS declarou-se
Filho de DEUS. Dessa forma fica claro que a declaração “Filho de DEUS “é uma
afirmação da sua divindade”“.
A DIVINDADE DO SENHOR JESUS NO NOVO TESTAMENTO
Em João 1:1-3,14. “No princípio era o Verbo, e o
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” A frase introdutória “no princípio”
nos leva de volta ao começo do tempo. Se o Verbo estava “no princípio”, então
Ele não teve princípio, que é outra forma de dizer que era eterno. “O Verbo
estava com Deus” nos diz que o Verbo era uma pessoa ou personalidade separada.
O Verbo não estava em (en) Deus, mas com (pros) Deus. Desde que o
Pai e o Espírito Santo são Deus, a palavra “Deus” muito provavelmente inclui
esses dois outros membros da Trindade.
Em João 20:28. “Respondeu-Lhe
Tomé: Senhor meu e Deus meu.” Essa é a única vez, nos evangelhos, em que alguém
se dirige a Cristo, chamando-O de “meu Deus” (ho Theos mou). É
significativo que nem Cristo nem João desaprovaram a declaração de Tomé; pelo
contrário, esse episódio constituiu um ponto alto da narração do evangelista,
que imediatamente fala a seus leitores: “Na verdade fez Jesus diante dos
discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes,
porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus, e para que, crendo, tenhais vida em Seu nome” (vs. 30 e 31). Este
evangelho, diz João, foi escrito para persuadir outros indivíduos a imitarem
Tomé no reconhecimento de Cristo como “Senhor meu e Deus meu”.
Em Colossenses 2:9. “Porquanto
nele habita corporalmente [somatikos] toda a plenitude [pleroma]
da Divindade.” O termo grego pleroma tem o significado básico de
“plenitude”, “plenamente”. No grego secular, pleroma referia-se à
totalidade da tripulação de um navio, ou à quantia necessária para completar
uma transação financeira. Em Colossenses 1:19 e 2:9, Paulo usa a palavra para
descrever a soma total de cada função da divindade. Essa plenitude
habita corporalmente em Cristo, mesmo durante Sua encarnação, Ele reteve todos
os atributos essenciais da divindade, embora não os empregasse em benefício
próprio. ““... Foi claramente visto que a divindade habitava na humanidade,
pois através do invólucro terrestre, vez após vez cintilava lampejos de Sua glória.
Em Tito 2:13. Paulo
descreve os santos como “aguardando a bendita esperança e a manifestação da
glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”. Notemos que: 1) De acordo
com uma regra da gramática grega, o artigo o antes de “Deus” e
“Salvador” une esses dois substantivos como designações do mesmo objeto. Assim,
Jesus Cristo é “o grande Deus e Salvador”. 2) Todo o Novo Testamento aguarda a
segunda vinda de Cristo. 3) O contexto do verso 14 fala apenas de Cristo. 4)
Essa interpretação está em harmonia com outras passagens, tais como João 20:28;
Rom. 9:5; Heb. 1:8; II Ped. 1:1 de modo que esse texto é mais uma afirmação da
divindade de Cristo.
AUTOR
ALDINEI LEITE
BIBLIOGRAFIAS
TEONTOLOGIA-PASTOR VICENTE
PNEUMATOLOGIA-PASTOR EXPEDITO MARINHO
TRINDADE-FACULDADE TEOLÓGICA IBADEP
SEITAS E HERESIAS-LIÇÕES REVISTAS DOMINICAL 1997-EZEQUIAS SOARES